quinta-feira, 28 de junho de 2012

A Atenção Farmacêutica veio substituir a Farmácia Clínica? Qual a diferença entre as duas?

31 comentários:

  1. Acredito que não, na minha opinião a Farmácia Clínica e a Atenção Farmacêutica estão interligadas, correlacionadas, uma não existe sem a outra. No entanto, acredito que a Farmácia Clínica seria considerada uma ciência e a atenção farmacêutica um ramo desta, a qual se dedica ao serviço de cuidado do paciente, com contato direto com estes.
    Assim, a assistência farmacêutica, engloba Farmácia Clínica, a qual, por sua vez, engloba a Atenção Farmacêutica.
    Cabe ao profissional farmacêutico ter conhecimento, principalmente teórico, de Farmácia Clínica (como por exemplo a farmacocinética dos medicamentos e sua aplicação nos diferentes tipos de paciente), para colocar em prática a Atenção Farmacêutica, podendo atuar com segurança nesta área da Farmácia. É importante lembrar que cada paciente é único e é um caso diferente, o qual deve ser estudado separadamente e, a melhor maneira de aprender Atenção Farmacêutica é a prática, com contato direto com o paciente, o que ficou muito claro após o término desta disciplina. Além disso a disciplina teve extrema importância nas discussões realizadas referentes as definições e aplicações da Farmácia Clínica.
    Denise Wohlmeister

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    1. Isso aí Denise, apenas lembre-se que a Farmácia Clínica é o conhecimento...Nós temos que formar o Farmacêutico Clínico.

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  2. Paola de Andrade Mello30 de junho de 2012 às 05:13

    Concordo com a Denise! A Farmácia Clínica e a Atenção Farmacêutica são complementares! Na verdade, para se fazer Atenção Farmacêutica é necessário ter o conhecimento do Farmacêutico Clínico. A diferença entre elas é que na farmácia clínica, nos hospitais, o farmacêutico tem pouco ou nenhum contato com o paciente, visto que em muitos casos ele encontra-se debilitado e acamado. Então o papel do farmacêutico fica restrito ao contato com a equipe de saúde. Já na atenção farmacêutica, nos ambulatórios e nas farmácias, é obrigatório o contato do farmacêutico direto com o paciente, fornecendo informações verbais e coletando dados. Aí que entra mais uma questão que discutimos em aula, não estamos preparados e nem fomos preparados para ter esse contato humano.

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    1. Isso Paola, o conhecimento clínico é o mesmo, muda apenas a condição do paciente.
      Leonardo

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  3. Concordo com as meninas acima que ambas estão interligadas. A diferença principal entre elas, e acho que ficou bem esclarecido na aula, é que a farmácia clínica é a ciência. É o conhecimento do que está acontecendo com o paciente sem que seja a necessidade de uma interação farmacêutico-paciente. Já a atenção farmacêutica é a humanização do atendimento. É ouvir o que o paciente tem a dizer e tentar melhorar de forma humana a vida daquele paciente.

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    1. Karla, lembre-se que temos pacientes também nos hospitais, que estão alertas, acordados e podem ser conscientizados sobre a importância do tratamento farmacológico, mas após a alta o farmacêutico perde esse vínculo do acompanhamento.
      Leonardo

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  4. Acredito que não vai ocorrer a substituição da farmácia clínica pela atenção farmacêutica. Ambas são complementares e necessárias tanto em ambiente hospitalar quanto no balcão de uma farmácia.
    Esta área da farmácia exige tempo e estudo constante de conceitos de farmacocinética, farmacodinâmina, bioquímica, enfim, engloba quase todas as disciplinas estudadas durante a graduação. Ainda está em processo de implantação e requer bastante esforço e determinação de quem queira iniciar num local onde não há. Tanto pelo público que não está acostumada com esta atenção especial, quanto para os médicos que não gostam de ser questionados/ orientados sobre mudanças no tratamento.
    Aposto nesta área como sendo um passo para que a saúde deixe de ser só um comércio de medicamentos e se torne cada vez mais humanizada.

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    1. Lembre-se Rita que se mostrarmos para os pacientes e para a equipe de saúde que estamos ali para somar e não para dividir, seremos aceitos de forma mais fácil. Para isso precisamos ter conhecimento e treinamento.
      Leonardo

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    2. Claro! Gerar atrito nunca é a melhor forma de tentar implantar algo novo! Mas o conhecimento e treinamento da melhor maneira de realizar isso só se ganha com a prática!

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  5. Isabel Heinzmann Griebeler1 de julho de 2012 às 09:31

    Concordo com tudo o que foi exposto até o momento. Depois da aula passada, minhas dúvidas em relação ao tema foram esclarecidas. A confusão que eu fazia em relação ao local aonde seriam realizadas a atenção farmacêutica e a farmácia clínica está explicada nos comentários acima e foi bastante abordada na aula.
    Acredito que a farmácia clínica e a atenção farmacêutica são complementares, uma não irá substituir a outra. A pessoa ideal para versar sobre esse assunto acho que é o Professor Mauro, pois ele trabalhou muito tempo como Farmacêutico Clínico e depois passou a dedicar-se a Atenção Farmacêutica. Orientandos do Prof Mauro, será que é possível conseguir a opinião dele sobre esse assunto? Acredito que seria bastante interessante para todos.

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  6. Não, acredito que as duas caminham juntas com objetivos semelhantes porem com publico alvo diferente. Enquanto a assistência farmacêutica engloba várias boas condutas do farmacêutico, como a boa dispensação, aconselhamento sobre administração, estocagem do medicamento, descarte correto etc... a farmácia clinica se propõe a entender o estado clinico do paciente e recomendar a ele a melhor forma do tratamento, juntamente a uma equipe multi disciplinar, trata o paciente como único, assim, tratando da melhor forma a evitar toxicidade e possibilitar a melhor recuperação da enfermidade.
    Acredito que o tratamento farmacológico está evoluindo, e o papel do farmacêutico com os pacientes também, sendo cada vez mais voltado as individualidades fisiológicas, patológicas e genéticas deste.

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  7. Marcella H. de Oliveira1 de julho de 2012 às 18:54

    Concordo com os comentários de todos. Não acho que a atenção farmacêutica venha a substituir a farmácia clínica. Elas se complementam, a atenção farmacêutica como ciência interdisciplinar e a farmácia clínica como uma aplicação de todo o conhecimento farmacocinético/ farmacodinâmico adquirido. Cabe ressaltar a importância da constante renovação dos conhecimentos por parte do farmacêutico afim de prestar um serviço de qualidade para com o paciente.

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    1. Olá Marcela, realmente nunca a Atenção Farmacêutica vai substituir a Farmácia Clínica, pois essa não é a intenção da primeira. A Atenção Farmacêutica é uma ferramenta criada para que o farmacêutico clínico pudesse aplicar os seus conhecimentos de forma mais adequada, segura e organizada.
      Leonardo

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  8. Vanessa Gomes UFRGS2 de julho de 2012 às 06:32

    Como já foi colocado pelos colegas, acredito que a farmácia clínica e a assistência farmacêutica são complementares. A farmácia clínica como uma ciência, que utiliza os conhecimentos de várias áreas da farmácia como farmacocinética, farmacodinâmica entre outros e tenta aplica-los no dia-a-dia da prática clínica e, por sua vez a atenção farmacêutica que necessita dos conhecimentos da farmácia clínica para orientar o paciente e auxilia-lo quanto a adesão ao tratamento medicamentoso.Para desenvolver a atenção farmacêutica acredito que além do conhecimento técnico o farmacêutico necessite desenvolver outras habilidades, como um bom relacionamento interpessoal, capacidade de escuta, entre outras.

    Um abraço a todos!
    Gostei muito dessa disciplina!

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  9. Por meio de uma retomada histórica é possível perceber claramente a distinção entre a Farmácia Clínica e a Atenção Farmacêutica. A primeira nasceu por volta da década de 1960 quando farmacêuticos norte-americanos, verificando que o desenvolvimento industrial observado anos antes havia atraído os profissionais (antigos boticários) para a produção dos medicamentos em larga escala, resolveram resgatar a atuação do farmacêutico mais voltada ao seguimento farmacoterapêutico dos pacientes. Esse movimento culminou no que foi denominado Farmácia Clínica, a qual pode ser entendia como a área do conhecimento farmacêutico que busca do uso adequado, seguro e eficaz dos medicamentos. Para exercê-la, o farmacêutico deve ter amplo conhecimento sobre a cinética dos fármacos, bem como de outros conceitos ligados a farmacologia, toxicologia e terapêutica.
    A Atenção Farmacêutica por sua vez surgiu mais recentemente, no início da década de 1990, como uma ferramenta para possibilitar o alcance dos objetivos traçados pela Farmácia Clínica. Trata-se de uma prática que prevê o envolvimento de vários profissionais da saúde comprometidos com o cuidado do paciente, na qual o farmacêutico seria responsável por garantir a obtenção de resultados mais satisfatórios da farmacoterapia e de mais qualidade de vida para o paciente. Essa prática profissional pode ser iniciada enquanto o paciente encontra-se hospitalizado, entretanto o seguimento por ela previsto é mais importante e evidente na assistência ao usuário pós-alta. Requer do farmacêutico domínio com relação ao âmbito dos medicamentos (assim como na Farmácia Clínica), embora seja fundamental a esse profissional grande conhecimento humanístico, habilidade para lidar com o paciente e saber entender os sujeitos segundo o contexto em que vivem.
    Dessa forma, não faz sentido pensar que a Atenção Farmacêutica possa substituir a Farmácia Clínica mas, concordante ao que os colegas atestaram, ambas se complementam na busca do uso racional dos medicamentos e da garantia da qualidade de vida do paciente.

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  10. Bruna Ruzza Monteguti2 de julho de 2012 às 08:06

    Após leitura do material e aulas recebidas tenho claro que a Atenção Farmacêutica não substitui a farmácia clinica! Consigo compreender a necessidade dos conhecimentos da farmácia clinica para o desenvolvimento da Atenção Farmacêutica. Consigo compreender farmácia clínica como ciência e Atenção Farmacêutica como prática. Consigo compreender farmácia clinica como componente da Atenção Farmacêutica. Consigo compreender que os conceitos se complementam e têm objetivos comuns: a qualidade de vida do paciente! Compreendo que farmácia clinica não é restrita a hospital (como antes pensava!) e que caminhou a partir da década de 90 para a atenção primária para que se pudesse realizar promoção e prevenção em saúde.
    Percebo um espaço a ser explorado para a consolidação do papel do farmacêutico no cuidado ao paciente.
    Obrigada Prof. Leonardo pelos ensinamentos!

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  11. Brunélly Ewald - UVV3 de julho de 2012 às 05:52

    Bom, acho que ficou bem claro que uma não substitui a outra e que são complementares e muito importantes. A Farmácia Clínica é a ciência, os conhecimentos. Já a Atenção Farmacêutica é a humanização do atendimento, o contato direto com o paciente. Assim, não há Atenção Farmacêutica sem os conhecimentos da Farmácia Clínica. Se Atenção Farmacêutica depende da Farmácia Clínica, é claro que não pode substitui-la. As duas tem o mesmo objetivo: melhorar a qualidade de vida dos paciente (otimizando o tratamento, reduzindo efeitos indesejáveis, etc).

    Aproveito também para agradecer ao professor Leonardo pelas ótimas aulas e pelas importantes discussões geradas e as colegas que muito contribuíram através das comentários e quando compartilharam as experiências.
    Obrigada!

    Um grande abraço a todos,

    BRUNÉLLY T. EWALD

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  12. Boa tarde a todos. Bom, acredito que o tema central da questão já foi esgotada pelos colegas acima ao dizerem que farmácia clínica (a Ciência, o conhecimento) e atenção farmacêutica (uma ferramenta para alcançar os resultados terapêuticos da farmácia clínica com um componente humanístico) estão interligadas e uma com certeza não substitui a outra.
    Acho que a grande mensagem da disciplina foi sensibilizar alunos/profissionais farmacêuticos sobre esta área de atuação do farmacêutico. Voltando aos tempos da botica, percebemos uma ligação muito mais forte entre farmacêutico e paciente do que temos hoje em dia, onde o comércio, marketing e lucros abusivos viraram sinônimo de saúde. Felizmente, temos exemplos de países (Canadá, é um exemplo) onde não é possível entrar numa farmácia e levar produtos como se você estivesse em um supermercado. Mesmo correndo o risco de ser piegas eu repito que no Brasil, podemos mudar a situação da nossa profissão. Porém, cabe a nós reproduzirmos a ideia central desta disciplina aos nossos alunos e a outros profissionais; a no momento que tivermos chance de trabalhar numa farmácia ou hospital, não reproduzirmos o que os farmacêuticos que estão lá já fazem (se escondem!); a votar com consciência política; e creio que algo muito importante é que os pesquisadores de outras áreas da nossa profissão deem mais valor a área da assistência farmacêutica. Sem essa parte não importa descobrimos novas moléculas, criarmos outros vias de administração, produzirmos medicamentos com qualidade, pois o foco é o paciente. Somos profissionais de saúde. O que importa é a saúde da comunidade. Nosso trabalho tem que visar o bem estar do paciente e sua qualidade de vida. E isso só se faz com um pouco mais de humanidade, que creio eu, esteja faltando na nossa profissão!
    Obrigado pela disciplina professor Leonardo. Me senti muito contemplado nas aulas. Um abraço e te espero aqui em POA no encnotro do PPGASFAR.
    Gabriel Freitas

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  13. Mariana Kliemann Marchioro3 de julho de 2012 às 07:39

    Assim como a Isabel já disse, eu também tinha dúvidas sobre os conceitos, e até algumas questões não definidas. Mas com a última aula pude saná-las. E como todos colegas já citaram acima, a Atenção Farmacêutica não substitui a Farmácia Clínica, elas se complementam. Justamente pelo fato de a Farmácia Clínica ser o conhecimento, a Ciência. E ao ser colocada em prática ela exige de nós farmacêuticos respostas e ações rápidas, muitas vezes por estarmos trabalhando no hospital com uma diversidade muito grande de pacientes ao mesmo tempo e diretamente com a equipe de saúde, exigindo do profissional um trabalho multidisciplinar. Já a atenção farmacêutica por utilizar o conhecimento e ter um local de atuação diferenciado, como clínicas, ambulatórios, drogarias, postos de saúde, permite um contato maior com o paciente, mais humanizado (daí a importância de termos disciplinas que nos façam refletir sobre isso durante a graduação), de escuta, e exige que o farmacêutico consiga criar um certo "vínculo" com o paciente para que este retorne, mostrando a importância deste trabalho, pois ele é autônomo, se quiser voltar ou não é escolha dele.

    Um problema que eu vejo no nosso conhecimento de Farmácia, é a falta de conhecimento em gestão e planejamento. Pois quer queira, quer não, vamos utilizar estes conhecimentos e muito. E felizmente, estou fazendo disciplinas a respeito na graduação de Saúde Coletiva, e vejo que é um campo muito vasto para nós, porém muito complexo. Necessita de muito estudo e entendimento de leis e de administração. Coisas que não temos com esta ênfase durante a graduação. E acredito que estes conhecimentos possam ser muito utilizados tanto na prática clínica quanto na prática da atenção farmacêutica.

    Concordo com o Gabriel quando ele fala da principal mensagem da disciplina, porém cabe a nós querermos a mudança e lutarmos por ela. Nós somos quem podemos fazer a diferença. E essa só será feita quando o objetivo maior do nosso trabalho for realmente o usuário e sua saúde, quando lutarmos pelo nosso espaço, quando aparecermos para a comunidade e para a equipe de saúde. Pois ainda há muitos que não sabem o que fazemos, principalmente na atenção primária do SUS. Temos que colocar a cara a tapa e mostrar para que viemos.

    Gostaria de agradecer ao professor Leonardo pela disciplina. Achei excelente e muito esclarecedora. Infelizmente tive que assistir offline, mas foi muito válida. Confesso que ao assistir a última aula fiquei com "coceira nos dedos" por vontade de entrar na discussão. E o melhor foi ver que consegui fazer um pouco disso como estagiária no final do curso de Farmácia, onde conseguimos mostrar a importância do Farmacêutico Clínico na equipe e na unidade, e hoje em dia ele é muito requisitado.

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  14. A atenção farmacêutica faz parte da Farmácia Clínica. Elas não competem entre si e sim se complementam. A farmácia clínica é mais voltada a interpretação de resultados clínicos e não necessariamente lida diretamente com o paciente. O farmacêutico clínico deve ter conhcecimento sólido sobre farmacocinética, farmacologia... O farmacêutico faz parte de uma equipe de diferentes profissionais da área da saúde (médico, nutricionista, fisioterapeuta...) nesse caso, onde o paciente deve ser analisado individualmente. O farmacêutico que desenvolve atenção farmacêutica deve ter algumas características que eu considero fundamentais, uma vez que esse lida diretamente com o paciente. Penso que ele deve saber faar a linguagem do paciente quando o mesmo procura sua ajuda. Deve ter uma certa simpatia e conquistar a confiança do paciente. Porém penso que o farmacêutico que faz atenção farmacêutica deve ter conhecimento tanto quanto o farmacêutico clínico, o que irá mudar basicamente é a atuação dos dois profissionais.

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  15. Olá Pessoal! Tudo bom?
    Acompanhando os comentários dos colegas, percebi uma definição de Atenção Farmacêutica. Da forma como os colegas escreveram suas definições, dá a entender que atenção farmacêutica se resume a humanizar o atendimento, contato direto com o paciente e a aplicação da farmácia clínica. Acho que estamos esquecendo que a Atenção Farmacêutica busca RESULTADOS CONCRETOS na melhora ou estabilização do estado de saúde do paciente. Acho que é o objetivo maior da Atenção Farmacêutica. Por isso o conceito de Atenção Farmacêutica demorou um pouco a ser definido, sendo sedimentado somente em 1990.
    Temos que nos focar em busca de resultados concretos, que podem ser medidos, para podermos falar que estamos fazendo Atenção Farmacêutica. Não adianta nada humanizar o atendimento, ter conhecimento da farmácia clínica e não melhorar ou manter o quadro do paciente.

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  16. O conceito de Farmácia Clínica é muito anterior ao da Atenção Farmacêutica. A farmácia clínica é uma ciência que busca o uso adequado, seguro e eficaz dos medicamentos. Para tanto o farmacêutico necessita de conhecimento de farmacocinética, farmacodinâmica e farmacologia. A Atenção farmacêutico surgiu na década de 90, sendo uma ferramenta para que o farmacêutico conseguisse aplicar seus conhecimentos clínicos de maneira organizada e documentada, processos estes importantíssimos durante a prática clínica. Para a prática da Atenção farmacêutica outros conhecimentos além da clínica (fundamental) são necessários. O farmacêutico precisa ter domínio para “escutar/entender” o sujeito em todo o seu simbologismo/subjetividade, ou seja, necessita desenvolver uma postura acolhedora, com uma escuta qualificada. Como mencionado pelo Rodrigo, não podemos perder de foco que a Atenção Farmacêutica busca resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do individuo, ou seja, não é apenas ser um profissional “fraterno/bonzinho/simpático/carismático” e sim ter eficiência nas condutas profissionais que melhorem a efetividade, segurança do tratamento medicamentoso, com foco no individuo e nas suas individualidades.

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  17. Como muitos já responderam e como vimos na aula passada, a Atenção Farmacêutica não veio para substituir a Farmácia Clínica. A Farmácia Clínica é o conhecimento que precisamos para nossa formação como farmacêuticos clínicos. Ela pode ser exercida em situações onde não há contato direto com o paciente, por exemplo, quando este está internado num hospital, onde o farmacêutico clínico trabalha em conjunto com a equipe de saúde a fim de resolver qualquer problema ligado à farmacoterapia. Este farmacêutico clínico também pode atuar em um Centro de Informação de Medicamentos dentro de um hospital, esclarecendo as dúvidas que aparecerem numa rotina hospitalar. Diferentemente, a Atenção Farmacêutica é um processo que necessita desse contato com o paciente, é um processo de orientação e educação do paciente para o uso correto da farmacoterapia (é aqui onde entra o conhecimento da Farmácia Clínica) e isso é feito através de um seguimento, ou seja, há uma necessidade de um acompanhamento desse paciente por um período mais longo, para que se consiga bons resultados. O farmacêutico clínico é quem irá exercer esta atividade. Na Atenção Farmacêutica, o paciente tem um papel ativo em seu tratamento, atuando como co-responsável pelos resultados. O farmacêutico clínico que atua na Atenção também deve saber se comunicar com os demais profissionais da saúde, não apenas com o paciente, sendo importante, como mencionado pelos colegas, uma formação mais humanística.

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  18. Segundo Robert Miller a Farmácia Clínica é a área do currículo farmacêutico que lida com a atenção ao paciente com ênfase na farmacoterapia. A FC procura desenvolver uma atitude orientada ao paciente. A aquisição de novos conhecimentos é conseqüência do desenvolvimento de habilidades de comunicação interprofissional e com o paciente. Acho que está definição resume a relação da farmácia clínica com a atenção farmacêutica, ou seja, garantir ao paciente um atendimento humanizado, garantindo o uso racional dos medicamentos prescritos com o intuito de aumentar a adesão ao tratamento.

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  19. Gabriella Calvi Sampaio (UFRGS)5 de julho de 2012 às 08:17

    Segundo a Organização Mundial da Saúde a Atenção Farmacêutica é um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A AF é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente.

    Farmácia Clínica é toda atividade executada pelo farmacêutico voltada diretamente ao paciente através do contato direto com este ou através da orientação a outros profissionais clínicos. Esta área não é restrita somente a hospitais, mas inclui também farmácias comunitárias, clínicas privadas, ambulatórios, unidades de saúde e lares de longa permanência.

    Visto os conceitos, observa-se que estes estão interligados. Como foi dito por várias pessoas, a farmácia clínica seria considerada uma ciência e a atenção farmacêutica um ramo desta, mas nenhuma com o objetivo de substituir a outra, e sim de andarem juntas, visando a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, que são o principal foco dos profissionais de saúde.

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  20. Gostaria de agradecer a todos vocês pela participação no blog e nas aulas online, foi muito gratificante ver que temos farmaceuticos que se preocupam com a profissão e que estão lutando para a mudança de alguns paradigmas, só assim vamos mudar a realidade atual da nossa profissão...para que vocês mantenham essa chama acesa, gostaria de lembrá-los que nossa profissão evolui a cada dia que passa em nosso país, para ter certeza disso basta olharmos para trás...Leonardo.

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    1. Mariana Kliemann Marchioro5 de julho de 2012 às 10:45

      Concordo contigo, Leonardo. Somos nós os responsáveis pela mudança e ela está acontecendo, a passos pequenos, mas está.

      Obrigada pelos ensinamentos. Gostaria de ter podido participar on line, mas infelizmente outras disciplinas me impediram. Contudo, podes ter certeza que ela foi muito aproveitada.

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  21. Sabrina Nunes do Nascimento - UFRGS7 de julho de 2012 às 09:07

    Li este conceito e achei muito bom, acho que define bem o que é Farmácia Clínica: “ciência da saúde, responsável por assegurar o uso racional de medicamentos, mediante aplicação de conhecimentos e funções relacionadas ao cuidado dos pacientes. Tais ações requerem educação especializada, treinamento estruturado, adequada coleta e interpretação de dados, motivação pelo paciente e interações multiprofissionais." Achei ótimo este conceito, pois pra mim fecha exatamente com o que aprendi durante esta discplina. Para mim, a Atenção farmacêutica está inserida dentro da ciência Farmácia clínica e ambas caminham juntas, uma vez que a Atenção farmacêutica preocupa-se com a farmacoterapia correta do paciente, mas ambas estão preocupadas com a qualidade de vida do paciente, sempre buscando o melhor para ele. Para isso, a interção multriprofissional é muito importante. Acho que aos poucos, os farmacêuticos estão se dando conta do seu papel fundamental dentroda da área clínica e com certeza, acredito daqui a pouco tempo já teremos uma nova realidade dentro da nossa profissão.

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  22. Guilherme Borges Bubols7 de julho de 2012 às 11:42

    Também acredito que uma não veio substituir a outra, mas sim complementar uma a outra ou enfatizar diferentes aspectos. Vários colegas trazem aqui conceitos e definições importantes sobre cada um para podermos identificar essas semelhanças.
    Diante dessa complementaridade dos conceitos, para se tentar achar diferenças entre uma e outra, acho que na farmácia clínica não necessariamente haverá uma relação direta com o paciente ou dispensação do medicamento a ele, como no exemplo do ajuste de doses baseado no tipo de paciente em questão (principalmente os grupos especiais), mas sim todo um trabalho individualizado para garantir uma farmacoterapia mais eficaz.
    Já quando se fala de atenção farmacêutica o que vem em mente é justamente essa relação mais próxima do farmacêutico com o paciente, cuidando tanto da dispensação quanto da resolução de PRMs ou seguimento farmacoterapêutico quando necessário.

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  23. Ficaria bem nítido se exemplificassem o que se faz na Farmácia Clinica que não se faz na Atenção Farmacêutica. E também o que é feito na AF e não é realizado na FC.
    Percebo que o termo Atenção Farmacêutica perderá função, ira sumir. Será definido Farmácia Clinica Ambulatorial (farmácias comunitárias, postos, ambulatórios de clinicas e hospitais) e Farmácia Clinica Hospitalar.
    O termo CLINICA OU CLÍNICO caracteriza muito mais as atividades na área de saúde diretamente ligadas aos cuidados, acompanhamento, atendimento tratamento de pacientes e envolvimento com os diversos profissionais.
    O que percebem?

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